Servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) estão sendo capacitados com técnicas de restauração florestal. A gestão da Semas investe na formação de servidores lotados em Belém e nos núcleos regionais de Altamira, Itaituba, Marabá, Redenção, Paragominas e Santarém, em uma iniciativa que conta com a participação de servidores da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), além de analistas ambientais dos órgãos ambientais do Amazonas e do Maranhão; além de representantes da Secretaria de Agricultura Familiar do Maranhão.
A capacitação difunde técnicas e metodologias de elaboração de projetos de recuperação de áreas degradadas e alteradas, associadas à necessidade de regularização ambiental de pequenos e grandes imóveis rurais. Além disso, a capacitação também discute o monitoramento e avaliação dos projetos de recuperação implementados pelos proprietários e possuidores de imóveis, os aspectos técnicos, legais e políticas públicas relacionadas à restauração florestal.
Para o Secretário adjunto da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, a “iniciativa de capacitar os servidores da Semas, lotados em Belém e nas diferentes regiões do Estado, e ainda dos órgãos parceiros como Emater e Ideflor-Bio, é fundamental para avançarmos na agenda de restauração, seja no contexto de adequação ambiental dos imóveis rurais, seja para atingir os objetivos e metas do Plano Estadual de Restauração (PVRN), com atenção especial ao agricultor familiar e às práticas de restauração florestal produtiva, com benefícios ambientais, econômicos e sociais", avalia o Secretário.
Liliane Munhoz, participantes do curso e analista ambiental do Instituto de Proteção Ambiental do estado do Amazonas (IPAAM), destacou a importância da troca de conhecimentos entre os governos do Pará e Amazonas, em relação à Restauração Florestal e aos Programas de Regularização Ambiental, à luz do Código Florestal.
“A implantação de PRA no Amazonas é uma prioridade, e o PRADA é a principal ferramenta de implantação. Neste sentido, esse curso tem exatamente esse objetivo, capacitar os profissionais nas técnicas, metodologias de elaboração e monitoramento de projetos de recuperação de áreas ", celebrou a analista do IPAAM.
Os participantes realizaram uma visita técnica em uma propriedade rural localizada em Ananindeua, o Rancho Indy-Açu. No imóvel, eles puderam visualizar na prática as diferentes técnicas e metodologias de restauração florestal, principalmente aplicado a sistemas agroflorestais. Lá, são desenvolvidas atividades com diferentes arranjos, consorciando espécies florestais, frutíferas e agrícolas, como Açaí, Bacaba, Taperebá, Pupunha, Cacau, Cupuaçu, Castanha do Pará Ipê, Andiroba, Mogno, virola, dentre outras espécies.
“Essa é uma oportunidade para observar a realidade do campo, e a visita ao imóvel permitiu visualizar os diferentes arranjos de Sistemas Agroflorestais, que é uma restauração florestal produtiva, que foi muito bem abordado na sala de aula, sempre associando as normas vigentes", ressalta Bruna Pôjo, engenheira ambiental da Semas.
Luiz Edinelson, assessor técnico e agrônomo da Semas, ressalta que o curso foi fundamental, pois os técnicos da Semas são responsáveis por analisar os projetos de recuperação apresentados pelos proprietários que possuem passivos ambientais em seus imóveis rurais, identificados na análise do Cadastro Ambiental Rural. “E assim, os projetos possuem diferentes técnicas metodologias para serem executados. Portanto, a ideia do curso foi aprender mais sobre restauração florestal e ainda direcionar as diferentes metodologias e técnicas para recuperação de áreas de até 4 módulos fiscais, especialmente de agricultores familiares, como os Sistemas Agroflorestais”, disse o assessor técnico.
O supervisor de atividade agrossilvipastoril da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA), Leandro Truculo, apontou a importância de todo o treinamento ao longo da semana, podendo levar algumas experiências observadas no Pará para o seu estado natal.
“É um momento muito importante para nós de outro estado, vir aqui trocar experiências. Identificar algumas qualidades do estado na questão de regularização e poder levar para o Maranhão. Essa troca de experiências é fundamental, assim como, também nos colocamos à disposição para futuras troca de experiências em prol da agenda discutida essa semana, afirma Leandro.
Carlos Toniazzo, assessor técnico da Cooperação Técnica Alemã – GIZ, responsável pelos temas de regularização ambiental no Pará, destacou a importância do Curso de Restauração. “O Pará é um Estado que tem destaque nacional na temática do CAR, e agora avança para regularização ambiental por meio do PRA. O curso mostrou os principais conceitos de recuperação de áreas e os arranjos produtivos fundamentais para a agricultura familiar. Compartilhar experiências e discutir sobre a análise dos PRADAs é fundamental para dar celeridade na agenda e avançar na adesão ao PRA e implementação dos PRADAs juntos aos agricultores”, destacou.
O Programa Regulariza Pará dará continuidade à iniciativa do curso de restauração florestal com a oferta de novas datas, dessa vez direcionado à extensionistas rurais da Emater-Pará presentes em diferentes regiões do estado.
Texto: Lucas Quirino - Ascom Semas
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